Agosto Azul Vermelho é a campanha da SBACV de conscientização à Saúde Vascular

Mês é voltado para conscientização da saúde vascular e a promoção de hábitos saudáveis

As varizes causam um desconforto estético grande, principalmente, em relação às mulheres. Porém, o seu surgimento também pode causar dor, cansaço e prejudicar a qualidade de vida. O Agosto Azul Vermelho é uma campanha que surgiu para conscientizar sobre os cuidados com a saúde vascular. De acordo com estudo da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, que teve como base dados obtidos junto ao Ministério da Saúde, mostrou que no ano passado, quase 46 mil mulheres foram internadas com varizes no Sistema Público de Saúde. “As varizes são veias doentes, dilatadas, tortuosas e superficiais nas pernas ou coxas que afetam mais as mulheres. Estas podem apresentar ou não sintomatologia, no entanto, apresentam quase sempre uma clara aparência inestética que pode afetar a autoestima”, explica o angiologista e cirurgião vascular, Guilherme Jonas.

Elas são mais frequentes nas mulheres entre os 20 e 50 anos de idade, com tendência a dilatar ainda mais com o passar do tempo, o que causa o agravamento da doença. “Podem surgir varizes na adolescência e em crianças, sendo que o diagnóstico de varizes em grupos etários mais jovens tem sido cada vez mais frequente, principalmente pelas alterações do estilo de vida da sociedade moderna”, acrescenta.

O especialista esclarece que o diagnóstico é feito mediante a história clínica do paciente. “É realizado através da análise das queixas ou relatos do doente e pela observação, em particular do aspecto dos membros inferiores”, afirma Guilherme.

Por isso, realizar consultas e check-up são fundamentais. “Independente da idade, é importante ir ao médico, relatar possíveis sintomas e ter uma rotina de atividades física e alimentação saudável. Lembrando, as varizes podem surgir na adolescência e se estender até a velhice, então, o ideal é tratar a condição o quanto antes”, sugere.

Tratamentos

Por se tratar de uma doença crônica, não há cura, mas, têm tratamentos para melhorar os sintomas. “São três formas de tratar e somente o médico pode indicar a melhor para cada caso. Cirurgia convencional, tratamento minimamente invasivos e o tratamento com medicamentos e meias elásticas ou conservador”, enumera Guilherme.

Mesmo apresentando maiores fatores de risco em relação aos homens, as mulheres podem adotar medidas para evitar as varizes. “Ações tomadas no dia a dia ajudam no retardo da aparição das varizes. Caso a pessoa já tenha uma predisposição, é preciso cuidar ainda mais para que o problema não se agrave e seguir acertadamente com o tratamento médico”, diz.

O especialista ainda ressalta as principais formas de cuidado. “Tenha uma alimentação saudável, pratique atividade física, evite o uso de salto alto, se tiver alguma doença ginecológica, trate da maneira correta e, caso tenha mais tendência a ter varizes, procure um ginecologista para indicar um método contraceptivo que libere menos hormônios no organismo, faça alongamentos e pequenas caminhadas durante as pausas no trabalho”, orienta o médico.

Fonte: Guilherme Jonas, médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular). CRMMG 44020, RQE 28561, 37143. Diretor técnico da clínica Angiomais em Belo Horizonte MG. @drguilhermejonas

Foto: Acervo Pessoal | Divulgação

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